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Mês da Mulher

SER MULHER

Falo hoje sobre elas,

E narro com leveza.

Esse ser de muita garra,

E também delicadeza.

Que luta desde todo sempre,

Mas sem perder sua pureza.

Declamarei sobre a mulher,

Dona de toda beleza.

 

Mulher é sinônimo de amor,

Força e dedicação.

Cuida da casa, e trabalha

Com muita disposição.

Sem essa de sexo frágil,

Pra trás ela não fica não.

Especialmente as brasileiras,

Nosso país do coração.

 

Existe mulher de todo tipo,

Médica, mãe, avó, parteira.

Dona de casa, empreendedora,

Professora e enfermeira.

Magra, gorda, alta, baixa,

Não são de impor barreiras.

Branca, negra, loira, ruiva,

São suas próprias companheiras.

 

Desde o começo do mundo,

Vem lutando com vigor.

Por direitos igualitários,

E mais respeito e amor.

Para ter sua voz e vez,

E um mundo mais libertador.

Pois o machismo ainda existe,

O que é entristecedor.

 

Todos os seres humanos,

Que aqui hoje estão.

São frutos do seu ventre,

O que serve de lição.

Mesmo vindos da mulher,

Muitos não têm compaixão.

Pra agredir uma mulher,

É ter muito ódio no coração.

 

Toda mulher é linda e forte,

Não se engane não.

Se você se acha fraca,

Ou tem momentos de solidão.

É só uma fase ruim,

Mas tem cura e solução.

Pois todas somos maravilhosas,

Uma grande perfeição.

 

O empoderamento feminino,

E o processo de aceitação.

São super necessários,

Para toda população.

E a abolição do machismo,

Seria uma libertação.

Pois temos corpos reais,

E de nada vale sua opinião.

 

Seja o que quiser,

Independente do que vão achar.

Pule, brinque, se divirta,

Se preferir pode dançar.

O importante é estar feliz,

Seja em qualquer lugar.

Vamos nos amar como somos,

E “simbora” nos aceitar.

 

Sabrina Lucena

BECO SEM SAÍDA

Como eu vim parar aqui?

Nesse poço sem fim,

Afogada em segredos,

Que nem se quer eram meus,

Foi um dia cansativo,

Mas eu estava realizada,

Tinha passado no teste,

Foi quando tudo aconteceu.

 

Ele abusou de mim,

E a culpada ainda fui eu,

Tocou em mim,

sem consentimento,

Ele tinha consciência,

que foi que eu fiz de errado?

Foi a minha vestimenta?

 

Eu me lembro dos detalhes,

Lembro de ouvi-lo dizer,

Que não estava errado,

E que a culpa era minha,

De andar em um beco abandonado,

MAIS QUE DROGA!

Aquele era só o caminho mais rápido.

 

Quando a tortura acabou,

Fui jogada de lado,

Ele se despediu sorrindo,

E ainda disse obrigado,

Eu me vi sozinha ali,

Me sentia quebrada,

Mas era algo além do corpo,

A marca, estava na alma.

 

Seria aquele meu destino?

Foi logo no que pensei,

Vesti minhas roupas sem forças,

E assim me levantei,

O ato se repetia,

E feria-me mais uma vez.

 

Cheguei em casa,

Me sentia suja,

Mas era algo além do sangue

Que estava a me sujar,

Talvez fosse a lembrança

De suas mãos passando em meu corpo,

Ou então fossem marcas,

Deixada ali sem nenhum esforço.

 

Fui ao banheiro,

Tentar me limpar,

Liguei o chuveiro,

Pus-me a chorar,

Me esfreguei de todas as formas, nada parecia funcionar,

E ao invés de odiar ele,

Passei a me odiar.

 

Nas próximas noites não dormi,

Em inúmeras coisas pensei,

Fiquei a me questionar,

Quantas passaram pelo que passei?

E quantas mais terão que passar?

 Pra que isso acabe de vez?

 

O final dessa poesia,

Eu deixo você criar,

O que farias,

Se tivesse em meu lugar?

Você reportaria?

Ou escolheria se calar?

 

Estéfani Araújo

MULHER

Mulher a tua alma é templo sagrado

A tua essência é peleja do tempo

As suas lutas os seus pesares

São combustíveis do teu caminhar

 

Mulher a tua alma é templo sagrado

O teu caminho por ninguém deve ser traçado

O seu desejo não deve ser forçado

O teu amor não pode ser tomado

 

Há tanta luz no seu olhar

Há tanta força no seu querer

Há um contraste da tua garra

Com a sua doçura

 

Que nunca te calem a voz

Que nunca apaguem sua chama

Que você seja quem bem queira ser

E que nunca se abstenha do que ama.

 

Débora Freire